sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Sinfonia nº 9 (Beethoven)

Letra da 9ª Sinfonia de Beethoven em alemão
Barítono
O Freunde, nicht diese Töne!
Sondern laßt uns angenehmere
anstimmen und freudenvollere.
Freude! Freude!
Barítono. Quarteto e coro
Freude, schöner Götterfunken
Tochter aus Elysium,
Wir betreten feuertrunken,
Himmlische, dein Heiligtum!
Deine Zauber binden wieder
Was die Mode streng geteilt;
Alle Menschen werden Brüder,
Wo dein sanfter Flügel weilt.
Wem der große Wurf gelungen,
Eines Freundes Freund zu sein;
Wer ein holdes Weib errungen,
Mische seinen Jubel ein!
Ja, wer auch nur eine Seele
Sein nennt auf dem Erdenrund!
Und wer's nie gekonnt, der stehle
Weinend sich aus diesem Bund!
Freude trinken alle Wesen
An den Brüsten der Natur;
Alle Guten, alle Bösen
Folgen ihrer Rosenspur.
Küsse gab sie uns und Reben,
Einen Freund, geprüft im Tod;
Wollust ward dem Wurm gegeben,
Und der Cherub steht vor Gott.
Tenor e coro
Froh, wie seine Sonnen fliegen
Durch des Himmels prächt'gen Plan,
Laufet, Brüder, eure Bahn,
Freudig, wie ein Held zum Siegen.
Coro
Seid umschlungen, Millionen!
Diesen Kuß der ganzen Welt!
Brüder, über'm Sternenzelt
Muß ein lieber Vater wohnen.
Ihr stürzt nieder, Millionen?
Ahnest du den Schöpfer, Welt?
Such' ihn über'm Sternenzelt!
Über Sternen muß er wohnen.

Letra da 9ª Sinfonia de Beethoven em português
Barítono
Oh amigos, mudemos de tom!
Entoemos algo mais prazeroso
E mais alegre!


Barítono. Quarteto e coro
Alegre, formosa centelha divina,
Filha do Elíseo,
Ébrios de fogo entramos
Em teu santuário celeste!
Tua magia volta a unir
O que o costume rigorosamente dividiu.
Todos os homens se irmanam
Ali onde teu doce vôo se detém.
Quem já conseguiu o maior tesouro
De ser o amigo de um amigo,
Quem já conquistou uma mulher amável
Rejubile-se conosco!
Sim, mesmo se alguém conquistar apenas uma alma,
Uma única em todo o mundo.
Mas aquele que falhou nisso
Que fique chorando sozinho!
Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.
Ela nos deu beijos e vinho e
Um amigo leal até a morte;
Deu força para a vida aos mais humildes
E ao querubim que se ergue diante de Deus!
Tenor e coro
Alegremente, como seus sóis corram
Através do esplêndido espaço celeste
Se expressem, irmãos, em seus caminhos,
Alegremente como o herói diante da vitória.
Coro
Abracem-se milhões!
Enviem este beijo para todo o mundo!
Irmãos, além do céu estrelado
Mora um Pai Amado.
Milhões se deprimem diante Dele?
Mundo, você percebe seu Criador?
Procure-o mais acima do Céu estrelado!
Sobre as estrelas onde Ele mora!
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A Nona sinfonia, obra de música erudita inscrita no período romântico, foi a última dentre aquelas compostas por Ludwig van Beethoven.

Foi apresentada pela primeira vez em 7 de maio de 1824, no Kärntnertortheater, em Viena, na Áustria. O regente foi Michael Umlauf, diretor musical do teatro, e Beethoven - dissuadido da regência pelo estado implacável de sua surdez - teve direito a um lugar especial junto ao maestro.

Esta foi a primeira sinfonia na história a utilizar a voz humana, que figura no quarto movimento, com um coro e quatro solistas, sobre a poesia, modificada por Beethoven, do original de Friedrich Schiller "Ode an die Freude" (Ode à Alegria). Este movimento, assim como uma versão modificada do poema de Schiller, foi escolhido como Hino da União Européia, pela síntese que faz de ideais clássicos ligados ao Humanismo, à Fraternidade, à Liberdade e à Igualdade.

A Nona sinfonia, opus 125, é provavelmente a mais conhecida e popular obra da música erudita européia, sendo possível encontrar referências diretas e indiretas a ela em diversas manifestações da cultura pop (um exemplo famoso é o papel importante que possui no desenvolvimento da trama de Laranja mecânica, um romance de Anthony Burgess e um filme homônimo de Stanley Kubrick). O tema principal do quarto movimento comumente é reconhecido por muitas pessoas que desconhecem a obra de Beethoven, ou mesmo não sabem que se trata de uma sinfonia, pelo fato de terem-na ouvido em situações diversas. Pela notoriedade que possui, é muito comum ouvir pessoas referindo-se a ela simplesmente como "a Nona", de forma que a omissão do nome do autor não impede o interlocutor de saber a que se refere. Ela é executada hoje exatamente como foi definida por Beethoven, graças a introdução do metrônomo.

Orquestração

Informações rtiradas de: Wikipédia.Org - Beethoven - 9ªSinfonia.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Brilho tentador em meio a escuridão...

Este post é uma cópia do que coloquei em meu Fotolog, falando do que aconteceu hoje, mais cedo, aqui em casa. Abaixo dele, no outro post do dia, segue um texto sobre suicídio...

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  • 15/10/07 - Brilho tentador em meio a escuridão...

Era para hj ser um post feliz, sobre a Parada Gay que fui ontem aqui no Rio, mas... Vou abrir um pouco a minha situação, pq caso venha a desaparecer...

Alguns sabem que eu e minha mãe vivemos uma relação nada agradável. Eu a suporto pq ela recebe a pensão que indiscutivelmente eu deveria receber, mas, ela alega que eu não tenho direito mais no exército, que a lei mudou e que eu fico c uma mão na frente e outra atrás caso ela morra... Ela atrapalhava meus antigos empregos, a niveis que eu acabava saindo, novamente dependendo dela financeiramente. Sem contar a inveja que ela tem de mim por ser mais nova, ter alguns amigos, ou conhecidos, e segundo ela por ser 'estudada'...

Um tempo atras, perto de meu aniversário, eu estava com tendinite e com uma tala no braço, ela deu mais uma crise dela, agredindo minha avó e me agredindo. Pegou meu braço e torceu, agravando a minha dor e tendinite, além claro do pior, colocar uma faca na minha garganta e eu contra a parede logo após ela ter torcido o meu braço.

Enfim, hj, as 11 e poucos da manhã ela me acorda aos berros, me faz sentar na cozinha e ficar olhando pra cara dela. Começa a ladainha de que eu não faço nada, de que não mexo na internet pra ela, que não procuro hospitais para minha avó se tratar. Sendo que, qual hospital faz inscrição pela internet para vc pleitear uma vaga em uma cirurgia oftalmo e etc? geralmente vc tem que ir no tal local, enfrentar fila, esperar horas e tentar uma vaga... ela acha q tudo é simples se mandar um e-mail.

E assim começou o show da manhã, com agressões verbais, que somente ELA pode falar, e se eu ou minha avó tentar abrir a boca, ela gritava dizendo que 'quero falar'.

Falou que meus amigos pra nada servem, que ia agredir um em questão pq em nada ajuda, que eu só vivo no computador e que ignorava ela e minha avó, e que ia quebrar o micro pq era a única forma de me atingir.

Sim, é. Pq? Pq atraves dele eu converso c as pessoas sem pedir que "Oh me levem para sua casa de praia" ou "Ahh vc tem carro então É OBRIGATÓRIO vc me levar em tal local" ... Meu, eu busco a amizade das pessoas sem o interesse nos bens ou sei lá o que material que possuam, o que apenas espero de um amigo é a pura e simples amizade. Bem, voltando... leio, escuto música, escrevo minhas fics e ela sabe que se destruir isso, vai me afetar. Ela só não sabe que se fizer isso, das duas uma... ou eu sumo da frente dela e de minha avó, mesmo que eu não tenha um puto tostão no bolso. Fico na rua, debaixo de ponte o kct a 4, mas não volto pra casa, ou levo a cabo o que já tentei e não consegui por duas vezes... uma lâmina fria, fina e um belo corte durante a noite.

Suicídio atualmente pra mim tem se mostrado bem tentador, ainda mais com a não-vida que levo por conta de coações de minha própria mãe. E olha, não vem dizer que quem quer se matar não avisa, só se mata, pq isso não é verdade. Mesmo que não faça agora, a idéia fica na mente, até que um dia, é colocada em prática. E meu limite está diminuindo, não é por um amor malfadado, e sim por não mais aguentar aos maus tratos, feitos pela minha própria mãe, se é que uma pessoa como essa possa ser chamada ainda assim.

E continuando... ela depois de me ver abalada, chorando, começou a me bater, dizendo que eu estava de show, que minha crise nervosa e hiperventilação era show. Estou c o corpo todo dolorido e ardido pelas porradas q levei, mas ela tbm ficou c marca de minhas unhas nos braços pq em um determinado momento agarrei ela e minhas unhas acabaram ficando no caminho. Ela ia bater na minha avó tbm, uma senhora de 72anos q se locomove com andador, só pq minha avó veio me defender das pancadas...

Saldo? Minha cabeça latejando por ter sido agarrada pelos cabelos e sacodida somado a toda situação, meu corpo dolorido, minha cara inchada, de chorar, pq a esperta não ousou bater em meu rosto pra ficar marca, e meu emocional completamente bagunçado...

Se eu pudesse sumia daqui de casa, falei com minha avó, nem que pedisse esmola na rua, pq minha mãe ia fazer de tudo para bloquear minha pensão, mas o que me prende até então a esta merda de casa e merda de não-vida, é que se sumir daqui, ela vai se virar contra minha avó que dependende de ajuda e eu ainda estando viva não ia conseguir viver com essa culpa nas costas, pelo menos não viva, eu não teria como saber de nada, largaria de mão...

Se por acaso esses dias que se seguirem eu não mais postar, ou não aparecer com o status de ON-LINE (sem estar com avisos no nick) no MSN, das duas uma que citei ao lono do texto, ou caso, esteja no MSN mas como OCUPADA ou AUSENTE, e não responder ou procurar ninguém, é pq estou fechada em mim.

Até,
Alessandra

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As pessoas dizem que algo tem que ser feito, mas... e quando você já não mais encontra soluções racionais? Quando você começa a perder a razão, e a linha, fina, entre lucidez e insanidade começam a se encontrar? Você prefere seguir assim e não viver, sendo um vegetal nas mãos de uma pessoa que não tem um pingo de amor com sua cria, ou você prefere, como muitos dizem porque não é com eles que acontece, fugir da realidade e colocar um fim em sua própria existência, encontrando asssim, finalmente, um alívio, e a mais pura paz sem agressão?

Esses dias estão sendo maravilhosos. Confessei meu amor, receosa e especulando coisas afastei a pessoa de mim, fui bloqueada (especulação? maybe, mas já perdi tudo mesmo), voltei ao fundo do poço, me sinto um nada em forma de gente e para melhorar, estava tentando melhorar, mas uma agressão vinda por parte de mãe me faz pensar que a dita 'só a morte é o fim de tudo' me pareça em tradução uma 'só a morte te trará paz'.

Agradeço a Sin por - no momento - ser a única que está tentando me dar suporte, com apaoio de palavras, mesmo ela estando a léguas de distância. Poderia dizer que gostaria de umas palavras de alguém, mas melhor deixar meu drama só comigo ou somente para quem deseja me aturar.

Quase 19hs ainda não coloquei nada no estômago e permaneço sem vontade de comer, só a cabeça latejando...

Um apelo: Quem possui o telefone daqui de casa, por favor, não ligue. Pq ela vai atender, mesmo que não seja pra ela, e vai maltratar, além claro de depois ficar me atormentando perguntando onde mora, ameaçando pra saber o endereço e etc...

Até qualquer dia
Alê

Suicídio: o que você deveria saber

Pela situação que me encontro atualmente, vagando na net atrás de uma imagem que poderia descrever minha situação, encontrei tal texto... é longo, mas vou cola-lo aqui...

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Suicídio: o que você deveria saber

Ultimamente Cindy tem agido de modo estranho. Segundo-anista de medicina do Japão, ela é diligente e muito motivada. Às vezes, não se percebe se ela está estudando medicina para agradar a si mesma ou a seus pais. Seus pais planejaram tudo para sua vida, mesmo seu futuro esposo. Eles têm elevadas expectativas a seu respeito. Ela não ousa desapontá-los. No último trimestre ela obteve nota razoável em seus cursos, mas, neste trimestre, está enfrentando problemas. Com efeito, ela fracassou num importante exame de química. E então veio o golpe: uma carta de seu noivo dizendo que achou outra; ele não podia esperar que ela terminasse medicina.

Cindy parece ter perdido interesse em tudo. Seu comportamento é errático. Dorme mal; come mal. Outrora uma pessoa feliz e vibrante, subitamente ela se tornou introvertida. Evita amigos. Diz que seria melhor se ela não existisse. Mas não fala do que a está machucando. A noite passada ela me deu seu vestido favorito, dizendo que não mais precisa dele.

Cindy corre perigo. Está dando sinais de alarme, sinais que bem podiam levar à rota infame que algumas pessoas perturbadas escolhem — suicídio.

Uma tragédia global

O suicídio é uma das grandes tragédias da vida. Desde os exemplos bíblicos de Saul e Judas, até os últimos casos no jornal de hoje, “o suicídio afeta todas as camadas sociais, toda faixa etária, todos os níveis educacionais, toda profissão, todas as religiões e ambos os sexos”.1

O suicídio é um problema global crescente. Nos Estados Unidos, entre pessoas de 15 a 24 anos, o suicídio registrou um aumento de 202 por cento entre 1950 e 1990. No Japão e na Dinamarca, um de cada três homens e uma de cada quatro mulheres no grupo de 25 a 34 anos comete suicídio. A província de Quebec, no Canadá, teve um aumento de 800 por cento de suicídio no grupo de 15 a 24 anos de 1961 a 1981. A Finlândia tem o mais alto nível de suicídio na Europa.

Um estudo de 1977 revela que 50 a 60 pessoas tentam suicídio para todo suicídio ocorrido. Entre estudantes “uma porcentagem igual de homens e mulheres pensaram em suicídio e, na média, no mesmo nível de intensidade”.2

Por que suicidar-se

Por que pessoas cometem suicídio? Está o problema com a pessoa que se suicida, com a sociedade ou com uma combinação do indivíduo e do ambiente? No que concerne ao indivíduo, o problema freqüente é o desejo de atingir um alvo elevado e o fracasso em atingi-lo. “No coração da personalidade de um suicida há um traço de perfeccionismo agravado pela crítica, depreciação, achar defeito e um masoquismo impiedoso em relação a questões maiores, menores e até minúsculas de comportamento. O perfeccionista não perde a oportunidade de obter um boletim desfavorável a seu respeito”.3

A depressão é outra causa comum de suicídio. Pouca investigação tem sido feita sobre o rancor e sua relação com o suicídio, mas parece ser um fator significativo. “A pessoa com tendência suicida guarda sentimentos rancorosos à semelhança dos que colecionam selos. Por não brigarem com outros (ou ao menos esperam até poucos dias antes da tentativa), acabam geralmente brigando consigo mesmas”.4

Antecedentes de família desempenham um papel vital em vencer ou sucumbir a tendências suicidas. Entre estudantes de faculdade que pensaram em suicídio, tentaram ou o levaram a efeito, “uma característica comum é um ambiente familiar caótico (famílias que experimentaram divórcio, separação, morte de um dos pais ou segundo casamento)”.5

A pressão de sair-se bem nos estudos e o fracasso em namoro também contribuem para a tendência ao suicídio entre estudantes. “Mais de 90% dos estudantes que tentaram suicídio fracassaram no trabalho ou nos estudos. O problema seguinte mais comum era dificuldade em relações amorosas”.6

A falta de apoio social é outra explicação para a incidência elevada de suicídio entre estudantes de faculdade. Apoio social, de familiares, amigos, colegas de trabalho, vizinhos e membros de igreja, “promove saúde mental e previne estafa psicológica”.7

Suicídio e cultura

Estudos mostram que as atitudes para com o suicídio variam de cultura para cultura. Embora tanto os estudantes da Austrália como os de Cingapura achem que o suicídio não é comportamento aceitável, “os australianos admitem o suicídio mais facilmente e os cidadãos de Cingapura recorrem a ele como um solucionador de problema”.8

Quando foram inquiridos se sentir-se-iam envergonhados se um membro da família cometesse suicídio, 21 por cento de estudantes da Nova Zelândia e 53 por cento de estudantes norte-americanos responderam “sim”. Embora ambos os grupos achem que quase todo o mundo já pensou alguma vez em suicídio, estudantes da Nova Zelândia tendem a “experimentar pensamentos de suicídio a um grau menor do que estudantes dos Estados Unidos”.9

No Japão, o suicídio é historicamente aceito como um ato de honra e parece ser um fenômeno mais culturalmente visível e aceitável do que nos Estados Unidos.10 Na Índia, embora as tentativas de suicídio tenham aumentado, a proporção de suicídio tem permanecido constante durante o último século. Uma das causas comuns de suicídio na Índia é o fracasso nos exames.11

Os países árabes e da América do Sul têm um número relativamente baixo de suicídios, possivelmente em virtude de uma fé religiosa forte e laços de família estreitos.

Estudos demonstraram que a religião exerce um impacto direto sobre se uma pessoa é ou não tentada a cometer suicídio. A fé em algo, especialmente em Deus, dá às pessoas aquela força adicional para vencer o stress. Ao mesmo tempo, “estar demasiadamente imerso na vida religiosa (como no caso de ceitas) faz a pessoa estar sujeita a um fardo de regulamentos e deste modo mais propensa a cometer um suicídio fatalista”.12 Isto tem uma implicação significativa na cultura adventista. Enquanto nossa fé na religião possa nos proteger das pressões do stress, a tendência para o legalismo e o perfeccionismo pode abrir a possibilidade de colapso, sob pressão. A chave é o equilíbrio, como Ellen White amiúde aconselha em seus escritos. Embora Cristo possa e deva ser envolvido em todas as áreas de nossa vida, a lealdade a Cristo e as atividades religiosas não são sempre a mesma coisa.

Prevenção de suicídio

Quando se perguntou a estudantes de faculdade ou de universidade se desejavam prestar auxílio preventivo a seus colegas propensos ao suicídio, sempre disseram “sim”, mas não sabiam como fazê-lo. Visto que 20 a 60 por cento de estudantes universitários têm tendências ao suicídio, a administração devia se envolver mais em tais problemas. Cursos e seminários sobre prevenção de morte e suicídio, mais envolvimento social de professores e estudantes, mais encorajamento e recomendação para aconselhamento e melhor comunicação entre estudantes, professores e funcionários, tudo isso ajudaria.

Se você acha que um amigo ou conhecido esteja pensando em suicídio, eis alguns passos que você poderia tomar para ajudar.13

  • Pergunte à pessoa se sente tendência ao suicídio.
  • Estimule a pessoa a falar sobre seus planos.
  • Procure eliminar os meios para evitar que se cometa o suicídio.
  • Encorage a pessoa a entrar em contato com um centro de prevenção de suicídio. Forneça o número dos telefones.
  • Leve a pessoa a fazer uma afirmação verbal ou um contrato escrito com você dizendo que não tentará suicídio sem chamá-lo.
  • Se possível, elimine o problema que está levando a pessoa a pensar en suicídio.
  • Permaneça com a pessoa que tenta suicidar-se ou arranje alguém que faça companhia até passar a crise.
  • Encoraje a pessoa a obter conselho profissional; ofereça-se para acompanhá-la.

Adventistas e suicídio

Qual deveria ser a atitude dos adventistas do sétimo dia em relação ao suicídio? As Escrituras registram dois casos de suicídio, ambos envolvendo homens em posição de liderança. Primeiro, a história do rei Saul. Saul estava se afastando de Deus gradualmente. Em I Samuel 31, ele vê com horror Israel perder uma batalha vital e três de seus filhos mortos. Então é ferido e sabe que não há modo de escapar. Ele pede ao escudeiro que o mate, mas o homem se recusa a fazê-lo. Saul escolhe cair sobre sua própria espada de preferência a ser capturado pelo inimigo. Aparentemente o suicídio era mais honroso do que cair prisioneiro. Ellen White comenta: “Assim pereceu o primeiro rei de Israel, com o crime do suicídio em sua alma. Sua vida fora-lhe um fracasso, e sucumbira com desonra e em desespero, porque pusera sua vontade própria e perversa contra a vontade de Deus.”14

A segunda pessoa mencionada na Bíblia a cometer suicídio foi Judas. Jesus preveniu Judas de que ele caminhava para o desastre (Mateus 26:23-25), mas Judas achava que agia certo ao trair a Jesus. Somente quando viu seu plano fracassando (Mateus 27:3-5) reconheceu que não valia a pena viver. Ellen White diz que Judas “sentiu que não podia viver para ver Jesus crucificado, e em desespero, foi enforcar-se.”15 Jesus sabia o que Judas estava planejando; contudo, não “proferiu nenhuma palavra de condenação. Olhou piedosamente para Judas, dizendo: Para esta hora vim ao mundo.”16 Se Jesus, conhecendo o coração humano, pode continuar a trabalhar com pessoas sem condená-las, podemos ser diferentes?

Ellen White menciona que Pilatos também cometeu suicídio. “A arriscar sua posição, preferiu entregar Jesus para ser crucificado. A despeito de suas precauções, porém, exatamente o que temia lhe sobreveio mais tarde. Tiraram-lhe as honras, apearam-no de seu alto posto e, aguilhoado pelo remorso e orgulho ferido, pôs termo à própria vida.”17

Nestes casos bíblicos podemos discernir que o problema real é o modo de vida. A todos é dada a oportunidade de conhecer a Deus. Então precisam decidir o que farão com esse conhecimento. Aqueles que rejeitam a Deus e Seus valores, com freqüência sentem que não vale a pena viver e desejam pôr fim à própria vida. Contudo, nem todo suicídio envolve a rejeição de Deus. Há outros fatores sobre os quais a pessoa perde o controle: stress, solidão, traição, vergonha, depressão, doença mental, doenças fatais.

Embora não possamos compreender plenamente as causas e motivações por trás do suicídio, como adventistas podemos afirmar três princípios importantes. Primeiro, a vida é preciosa e é um dom de Deus, para ser vivida por Sua graça e pela fé. Nenhum problema é demasiado grande que não possa ser trazido a Deus em oração. Segundo, quando encontramos uma pessoa com pensamentos suicidas, temos o dever de ajudá-la. Terceiro, não nos cabe julgar. Enquanto devemos estender um ministério de amor e ternura à pessoa envolvida, não devemos julgar que tal pessoa cometeu o pecado máximo.

Vale a pena saber

  1. A maioria das pessoas que cometem suicídio dá dicas verbais ou de comportamento.
  2. Elas sentem uma ambivalência entre a vida e a morte. Não é tanto que queiram morrer mas não querem continuar vivendo na presente situação.
  3. A maioria das pessoas com propensão ao suicídio o são só por um período breve.
  4. Suicídio ocorre em todas as classes sociais.
  5. Pessoas inclinadas ao suicídio podem ser muito infelizes, mas não necessariamente doentes mentalmente.
  6. Mulheres tentam o suicídio três ou cinco vezes mais, os homens o concretizam três ou cinco vezes mais.
  7. Embora as tendências ao suicídio não sejam de origem genética, o suicídio aparece em certas famílias mais que em outras.
  8. Embora a depressão seja geralmente associada com o suicídio, há muitas outras emoções que podem ser ligadas ao suicídio, como vingança e raiva.
  9. O suicídio e o uso de álcool estão fortemente ligados.
  10. Pedir a alguém que discuta sobre seus pensamentos de suicídio é evidência de preocupação e pode ser o meio de evitá-lo.
  11. O número de suicídios aumenta com a idade e é muito elevado entre idosos.
  12. É mais provável que mulheres usem arma e não drogas para se matarem.

Margaret T. Lawrence e John R. Ureda, “Students Recognition of the Response to Suicidal Peers,” Suicide and Life Threatening Behavior 20 (Summer 1990), pág. 166.

Judy Cushman está estudando para obter um mestrado em Casamento e Aconselhamento de Famílias na Universidade de Loma Linda, na Califórnia. Seu endereço: 35512 Rodeo Rd., Yucaipa, CA 92399; E.U.A. E-mail: jcushman@ccmail.llu.edu

Notas e referências

1. Ira David Welch, Encountering Death: Structured Activities for Death Awareness (Muncie, Ind.: Accelerated Development, Inc., 1991), pág. 133.

2. M. David Rudd, “The Prevalence of Suicidal Ideation Among College Students,” Suicide and Life Threatening Behavior 19:2 (Summer 1989), págs. 174-178.

3. Howard Rosenthal, Not With My Life I Don’t: Preventing Your Suicide and That of Others (Muncie, Ind.: Accelerated Development, Inc., 1988), pág. 76.

4. Rosenthal, pág. 81.

5. Rudd, pág. 180.

6. Philip W. Meilman, Janice A. Pattis e Deanna Kraus-Zeilmann, “Suicide Attempts and Threats on One College Campus: Policy and Practice.” Journal of American College Health 42 (January 1994), pág. 152.

7. Sherry L. Whatley e James R. Clopton, “Social Support and Suicidal Ideation in College Students,” Psychological Reports, 71 (1992), págs. 1123-1127.

8. George Domino, Sushila Niles, e Sunita Deviraj, “Attitudes Toward Suicide: A Cross-Cultural Comparison of Singaporean and Australian University Students,” Omega 28:2, págs. 126-134.

9. George Domino, Janet Catherine MacGregor e Mo Therese Hannah, “Collegiate Attitudes Toward Suicide: New Zealand and United States,” Omega, 19:4, págs. 355-360.

10. George Domino e Yoshitomo Takahasi, “Attitudes Toward Suicide in Japanese and American Medical Students,” Suicide and Life Threatening Behavior 21 (Winter 1991), pág. 346.

11. Dr. Adityanjee, “Suicide Attempts and Suicides in India: Cross-Cultural Aspects,” International Journal of Social Psychiatry 32 (Summer 1086), págs. 65-70.

12. Frank Trovato, “A Durkheimian Analysis of Youth Suicide: Canada, 1971 and 1981.” Suicide and Life Threatening Behavior 22 (Winter 1992), págs. 415-416.

13. Rosenthal, págs. 36-47.

14. Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, pág. 682

15. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 692.

16. Ibidem.

17. Idem, págs. 709, 710.